São Paulo: Fundação Perseu Abramo. Isabel Osorio. Esse estudo nacional de base hospitalar, composto por puérperas e seus recém-nascidos das diferentes regiões do país, revelou que, da amostra total da pesquisa de 23.940 mulheres, 56,8% foram consideradas como casos de risco obstétrico habitual, ou seja, sem condições de saúde que indicassem o uso de procedimentos e intervenção cirúrgica. O parto, então, tornou-se amedrontador para as mulheres e asséptico para os profissionais de saúde. Conforme preconizado pelo Ministério da Saúde, as maternidades devem: garantir vaga às gestantes; garantir o direito a acompanhante de livre escolha; adotar as boas práticas de atenção segundo as recomendações da OMS; garantir privacidade da mulher no trabalho de parto e no parto; reduzir os índices de cesariana, de episiotomia e uso de ocitocina; promover o parto e o nascimento humanizados; promover a participação do pai no momento do nascimento e o contato entre mãe e bebê imediatamente após o nascimento; garantir livre permanência da mãe e do pai juntos ao seu recém-nascido durante todo o tempo de internação na UTI; estimular a amamentação na primeira hora de vida; manter atuante comissão de investigação do óbito materno, fetal e infantil; manter ativos mecanismos de participação dos usuários e garantir gestão participativa e democrática, valorizando o trabalho e o trabalhador da saúde (Figueredo & Lansky, 2014Lansky, S. & Figueredo, V. O. Revista Brasileira de Crescimento e Desenvolvimento Humano, 19(2), 313-326. ; D’Oliveira et al., 2002D´Oliveira, A. F. P. L., Diniz, C. S. G., & Schraiber, L. B. http://dx.doi.org/ 10.6018/eglobal.18.1.302341. 2018 [citado: 21 de enero del 2020]; 64 (2): 191-196. Diniz e Chacham (2006Diniz, S. G. & Chacham, A. S. (2006). Violência institucional em maternidades públicas: hostilidade ao invés de acolhimento como uma questão de gênero. Saúde e Sociedade, 17(3), 138-151. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-12902008000300014 Humanização na atenção a nascimentos e partos: breve referencial teórico. Este artigo teve como objetivo realizar uma revisão narrativa de estudos sobre violência obstétrica. 2012 [citado: 21 de enero del 2020]; 77(6): 471-476. Revista Tempus Actas Saúde Coletiva, 4(4), 105-117. http://dx.doi.org/10.18569/tempus.v4i4.838 Ao longo da história as mulheres vêm sendo vítimas de diversas formas de violência. Rev. 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Nesse sentido, destaca-se a violência obstétrica como um tipo específico de violência contra a mulher. Os profissionais atendem demandas de acordo com sua experiência e as ferramentas que são proporcionadas pelos órgãos de saúde, que por vezes são insuficientes para a quantidade de usuários e problemas que devem resolver. Glob. script=sci_arttext &pid=S07177526201200 0600013&lng=es DOI: http://dx.doi.org/ 10.4067/S0717-75262 012000 600013. Brasília, DF: UECE/Ministério da Saúde. php?script=sci_arttext&pid =S1029-301920160 00400013&lng=es. Em consequência, sua prevalência e impacto na saúde, no bem-estar e nas escolhas das mulheres não são conhecidas” (OMS, 2014, p. 1). Acesso em 02 de agosto, 2016, em Acesso em 02 de agosto, 2016, em http://www.scielo.org.ve/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0048-77322013000300004 Salvar Salvar Manual Sih Janeiro 2017 para ler mais tarde. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-12902008... http://dx.doi.org/10.1590/S0104-026X2002... Dessa forma, Diniz e Chacham (2006Diniz, S. G. & Chacham, A. S. (2006). http://dx.doi.org/10.1590/0102-311X00151... Disponible en: http://www.scielo.org.pe/ scielo.php?script=sci_ arttext&pid=S2304 513220140004 00008&lng=es, Gutiérrez J, Díaz J, Santamaría A, Sil P, Mendieta H, Herrera J. Asociación de factores de riesgo de preeclampsia en mujeres mexiquenses. Revista Tempus Actas Saúde Coletiva, 4(4), 105-117. http://dx.doi.org/10.18569/tempus.v4i4.838 O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso das atribuições que lhe confere o art. No modelo atual de atenção ao parto no Brasil, a atuação dos profissionais de saúde não está baseada em evidências e estaria atrelada ao desconhecimento e a uma crença dos profissionais de que a experiência profissional valeria mais do que a produção científica atual da área obstétrica (Diniz & Chacham, 2006Diniz, S. G. & Chacham, A. S. (2006). http://dx.doi.org/10.1590/S0104-026X2002... B. M. C. (2014). 2014 [citado: 21 de enero del 2020]; 60(4): 309-320. Perú. Desarrollo Psicologico Craig. As intervenções realizadas por profissionais de saúde que são consideradas violência obstétrica dentro desta lei são: (a) não atender as emergências obstétricas; (b) obrigar a mulher a parir em posição de litotomia; (c) impedir o apego inicial da criança sem causa médica justificada; (d) alterar o processo natural do parto através do uso de técnicas de aceleração sem consentimento voluntário da mãe; (e) praticar o parto por via cesárea quando há condições para o parto natural (Venezuela, 2007). Desarrollo Humano. B. M. C. (2014). Descargar PDF. http://dx.doi.org/10.18569/tempus.v4i4.8... Camones J. Cuidados de Enfermería en pacientes con preeclampsia. Serruya, Cecatti e Lago (2004Serruya, S. J., Cecatti, J. G., & Lago, T. G. (2004). 2018 [citado 31 de enero de 2021] ; Disponible en: http://repositorio.unemi.edu.ec/ bitstream/123456789/ 4176/1/ INTERVENCIONES%20DE%2 0ENFERMER%C3%8DA%20E N%20 GESTANTES %20CON% 20PREECLAMPSIA.pdf, Verdecía D. 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Situações que possam levar a complicações de saúde para mãe ou a criança são exceções a essa regra, e nesse momento deve ser avaliada a indicação de intervenções compatíveis com a segurança e os melhores desfechos de saúde (Diniz & Chacham, 2006). Chile. 2009 Jun [citado 31 de enero de 2021] ( 125 ). ; Terán, Castellanos, Gonzalez, & Ramos, 2013Terán, P., Castellanos, C., Blanco, M. G., & Ramos, D. (2013). Trata-se de modelo médico de atenção hegemônico que exerce controle dos conhecimentos do corpo humano e da sexualidade, nesse caso da mulher (Aguiar, 2010Aguiar, J. M. (2010). Lansky, S. & Figueredo, V. O. Download Free PDF View PDF. Rev. MAPFRE está afiliado a más de 36 clínicas a nivel nacional.. La EPS es brindada únicamente por tu empleador y funciona como una cobertura … Brasília, DF: UECE/Ministério da Saúde.). In. http://dx.doi.org/10.1590/0102-311X00151513 Essa busca pela legitimação científica diz respeito à preocupação do movimento em ser considerado como “alternativo” e para que essa concepção de humanização deixe de ser subalterna e possa ser legitimada enquanto paradigma que sustente um modelo de prática a ser preconizada. es/eglobal/article/ view/eglobal.18. ). (2014). Revista de Obstetricia y Ginecología de Venezuela, 72(1), 4-12. ; García, Diaz, & Acosta, 2013García, D., Díaz, Z., & Acosta, M. (2013). (2002). http://dx.doi.org/10.1590/S0104-026X2002... In Cadernos Humaniza SUS - Volume 4: Humanização do parto e nascimento (pp. 2016 [citado: 21 de enero del 2020]. (2014). Disponible en: http://scielo.iics.una. Humanização da assistência ao parto no Brasil: os muitos sentidos de um movimento. com/url?sa=t&rct=j&q =&esrc=s&source= web&cd=&ved=2ah UKEwjvw86IlqPuAhX InuAKHVxdAEMQFj ABegQIAhAC& url=https%3A% 2F%2Fwww.salud. & Barbosa, R. (2012). ; Leal et al., 2014Leal, M. C., Pereira, A. P., Domingues, R. M., Theme, M. M., Dias, M. A., Nakamura-Pereira, M et al. Além disso, muitas dessas práticas são associadas a risco de complicações, são dolorosas e seu uso é considerado desnecessário, como é o caso da episiotomia (Leal et al., 2014; Ministério da Saúde, 2001, 2014; Pasche, Vilela, & Martins, 2010Pasche, D. F., Vilela, M. E. A., & Martins, C. P. (2010). B. M. C. (2014). edu.ec/bitstream/51000/6251/ 1/Prevalencia%20de%20 preeclampsia%20y%20 eclampsia%20en%20 pacientes%2020%20y %2030%20a%C3%B 1os.%20Hospital %20 General%20 Ambato%2 C%202019.pdf, MSP. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Diniz, S. G. (2009). Intervenções obstétricas durante o trabalho de parto e parto em mulheres brasileiras de risco habitual. [11] [12] Produce síntomas que incluyen fiebre, tos, [13] disnea (dificultad respiratoria), mialgia (dolor muscular) [14] y fatiga. 2016 [citado: 21 de enero del 2020]; 81(4):330-342. Pasche, D. F., Vilela, M. E. A., & Martins, C. P. (2010). cecilia barroso oliveira. http://dx.doi.org/10.18569/tempus.v4i4.8... O parto passa a integrar um modelo centralizado na figura do médico e que exclui outros profissionais da saúde, como enfermeiras, que por formação estariam habilitadas para atender o parto normal (Sanfelice et al., 2014Sanfelice, C., Abbud, F., Pregnolatto, O., Silva, M., & Shimo, A. ). Do parto institucionalizado ao parto domiciliar. (2008). Outros autores (Sanfelice et al., 2014Sanfelice, C., Abbud, F., Pregnolatto, O., Silva, M., & Shimo, A. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, 13(1), 595-602. http://dx.doi.org/10.1590/S1414-32832009000500011 "Hay que jugarle", pensará algún quinielero cuando sepa que a los 23 minutos del '23 nació la primera bebé del año en Salta Capital. Universidad Nacional de Chimborazo. Apoio institucional: tecnologia inovadora para fortalecer a rede perinatal a partir do dispositivo acolhimento e classificação de risco. (2014). Pesquisa mulheres brasileiras nos espaços público e privado. Nac. (2014). A partir do século XX, acelerou-se o processo de hospitalização dos partos (Pasche et al., 2010Pasche, D. F., Vilela, M. E. A., & Martins, C. P. (2010). Essas ações intervencionistas e, muitas vezes, desnecessárias, têm ocasionado a insatisfação das mulheres, que são relegadas a coadjuvantes nos processos de parto e nascimento. D’Oliveira, Diniz e Schraiber (2002D´Oliveira, A. F. P. L., Diniz, C. S. G., & Schraiber, L. B. http://dx.doi.org/10.18569/tempus.v4i4.8... (2014). Essa realidade é cotidiana e cruel e revela uma grave violação dos direitos humanos e direitos das mulheres (Muniz & Barbosa, 2012Muniz, B. Chil. Ayuda con los autocuidados: baño/higiene ˜ (1801). Revista Rene, 15(2), 362-370. doi: 10.15253/2175-6783.2014000200022https://doi.org/10.15253/2175-6783.20140... 2015[citado:17 de enero del 2021]; 19(8): 1020-1042. USP. bvsalud.org/portal/ resource/pt/biblio-996342, Zurro A. Atención Primaria. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-12902008... Dados divulgados pelo Ministério da Saúde (2015) mostram que a taxa de operação cesariana chega a 56% na população geral, sendo que esses números variam entre o atendimento nos sistemas público e privado de saúde, que apresentam uma ocorrência de aproximadamente 40% e 85%, respectivamente. gob.ec%2Fwpcontent %2Fuploads%2F2014%2F05 %2FATENCION-DEL- PARTO-POR-CESAREA.pdf& usg=AOvVaw0B-U GP5REMn DvCPcNqsN8P, Reyes K. Morbimortalidad materna en síndrome de Hellp. As práticas carregadas de significados culturais estereotipados de desvalorização e submissão da mulher, atravessadas pelas ideologias médica e de gênero, se tornam naturalizadas na cultura institucional. (2012). méd. ). (2009). http://dx.doi.org/10.1590/0102-311X00151... Questões de saúde reprodutiva, 1(1), 80-91. ) Revista Estudos Feministas, 10(2), 483-492. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-026X2002000200016 ). No entanto, diversas estratégias alternativas possíveis ainda esbarram no modelo de atenção predominante, que está focado no profissional médico, no uso rotineiro de intervenções e na baixa valorização de aspectos psicossociais do parto e nascimento. Diniz, S. G. & Chacham, A. S. (2006). 133-154). Assim como gerar evidências sobre a implementação e efetividade de intervenções com intuito de oferecer orientações técnicas aos profissionais de saúde e melhorar a qualidade da assistência (OMS, 2014). http://dx.doi.org/10.1590/0102-311X00151... Detección y Tratamiento Inicial de las Emergencias Obstétricas C. Segunda mitad del embarazo con o sin trabajo de parto Preeclampsia severa complicada con: o Hemorragia cerebral o Síndrome de Hellp o Hematoma o Ruptura hepática o Coagulación Intravascular Diseminada o Insuficiencia renal aguda o Eclampsia Além disso, a alegria e a realização de estar com seu bebê e a sensação de tudo ter ocorrido bem, sem maiores intercorrências, diluem a percepção da violência sofrida no atendimento de saúde. In Memorias Convención Internacional de Salud Pública, Cuba Salud 2012. Care in normal birth: a practical guide. Disponible en: https:// www.unicef.org/ media/62486/file/ Estado-mundial -de-la-infancia- 2019.pdf, Carmona A, Escano F. Práctica enfermera en Unidades de Cuidados Intensivos Maternales. Download. El Colegio Americano de Obstetras y ginecólogos ha publicado un Consenso sobre la Hemorragia Obstétrica, referido principalmente a la hemorragia posparto'", Se considera en el escrito que la hemorragia obstétrica es la complicación severa más común del parto y la que tendría la mayor posibilidad de prevención en la mortalidad materna. 19-46). Neste modelo tecnocrático, a mulher deixou de ser protagonista, cabendo ao médico a condução do processo (Pasche et al., 2010; Sanfelice et al., 2014; Wolff & Waldow, 2008Wolff, L. & Waldow, V. (2008). ). 19 para las referencias de las Emergencias Obstétricas y Neonatales que garantice la oportunidad, seguridad y continuidad en la atención de la gestante, puérpera y el recién nacido acorde al marco normativo vigente, que son los grupos más vulnerables. Daniela Cruz Moreno. Disponible en: http://scielo.sld.cu/scielo. Plan de cuidados a paciente intervenida de cesárea con preeclampsia. Tal conceituação auxiliará na identificação e enfrentamento dessas situações. Estadísticas. 31403/rpgo.v64i2104, Sánchez S. Actualización en la epidemiología de la preeclampsia: update. Dias, M. A., Domingues, R. M., Pereira, A. P., Fonseca, S. C., Gama, S. G., Theme, M. M. et al. ec/books?id=_yybDwAA QBAJ&pg=PA125&dq= preeclampsia&hl=es&sa= X&ved=2ahUKEwjw2urwmu 7qAhWkd98KHf0jCxMQ6 AEwAXoECAYQAg#v= onepage&q= preeclampsia&f=false, Mejía N, Miranda V. Cuidados De Enfermería En Pre-Eclampsia Leve En El Hospital Mario Catarino Rivas. Violência institucional em maternidades públicas: hostilidade ao invés de acolhimento como uma questão de gênero. Revista Tempus Actas Saúde Coletiva, 4(4), 105-117. http://dx.doi.org/10.18569/tempus.v4i4.838 Esse cenário é considerado alarmante quando se leva em conta que a recomendação da Organização Mundial da Saúde - OMS (World Health Organization, 1996a) é de uma taxa de cesáreas que varie entre 10 a 15%. LEI NACIONAL DE ADOÇÃO: AVANÇOS E RETROCESSOS. Do parto institucionalizado ao parto domiciliar. esc. Dessa forma, seus direitos e autonomia são minimizados e a violência não pode ser denunciada ou mesmo criminalizada. ; Wolff & Waldow, 2008Wolff, L. & Waldow, V. (2008). Segundo Diniz e Chacham (2006Diniz, S. G. & Chacham, A. S. (2006). Essa situação pode levá-las a se conformarem com a exploração de seus corpos por diferentes pessoas, aceitando diversas situações incômodas sem reclamar. Revista de Obstetricia y Ginecología de Venezuela , 73(3),171-180. In Cadernos Humaniza SUS - Volume 4: Humanização do parto e nascimento (pp. Desde os anos 2000 foi proposta e instituída uma série de programas e políticas em saúde, entre os quais: o Programa de Humanização do Parto e Nascimento, a Política Nacional de Humanização - HumanizaSUS, a Política de Atenção Integral à Saúde da Mulher, entre outros (Ministério da Saúde, 2014). Causas de hemorragia. http://www.scielo.org.ve/scielo.php?scri... http://dx.doi.org/10.1590/S0104-12902008... Com o intuito de aumentar a qualidade da assistência, tem-se medicalizado o parto, utilizando em larga escala procedimentos considerados inadequados e desnecessários, que muitas vezes podem colocar em risco a saúde e a vida da mãe e do bebê, sem avaliação adequada da sua segurança e sem base em evidências (Diniz & Chacham, 2006). ). Rev. Revista Rene, 15(2), 362-370. doi: 10.15253/2175-6783.2014000200022https://doi.org/10.15253/2175-6783.20140... Interface - Comunicação, Saúde, Educação, 13(1), 595-602. http://dx.doi.org/10.1590/S1414-32832009000500011 Do parto institucionalizado ao parto domiciliar. Isabel Osorio. Intervenções obstétricas durante o trabalho de parto e parto em mulheres brasileiras de risco habitual.Cadernos de Saúde Pública,30(Supl. Tese de Doutorado, Programa de Pós-graduação em Medicina Preventiva, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, SP. 0008.01.033-042, Andrea M, Patricia C, Nataly L, Dayra C. 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Portaria de ConsolidaÇÃo nº 3, de 28 de Setembro de 2017. 2016 [citado: 21 de enero del 2020]; 8(1): 33-42. O Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento do Ministério da Saúde no Brasil: resultados iniciais. (2014). Violência institucional em maternidades públicas: hostilidade ao invés de acolhimento como uma questão de gênero. 2019 [citado: 21 de enero del 2020]; 18 (53): 304-345. Problematizando o atendimento ao parto: cuidado ou violência? A Organização aponta a necessidade de realizar pesquisas com intuito de definir, medir e compreender melhor as práticas desrespeitosas e abusivas durante o parto, assim como elaborar formas de prevenção e eliminação dessas condutas. http://www.scielo.org.ve/scielo.php?scri... São Paulo: Fundação Perseu Abramo. ; García, Diaz, & Acosta, 2013García, D., Díaz, Z., & Acosta, M. (2013). 87, parágrafo único, incisos I e II, da Constituição, resolve: . 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A associação de intervenções dolorosas pode ocasionar o medo do parto vaginal, além da crença de que o trabalho de parto não trará resultados. Os resultados encontrados nesta revisão narrativa expressam a necessidade de promover um entorno de saúde mais adequado tanto para as usuárias como para os profissionais, no qual os procedimentos sejam mais regularizados, claros e organizados, e propiciem um ambiente mais seguro. Violência consentida: mulheres em trabalho de parto e parto. Ideologías y prácticas de género en la atención sanitaria del embarazo, parto y puerperio: el caso del área 12 de la Comunidad de Madrid. 1), S17-S32. Em relação ao uso de procedimentos durante o trabalho de parto, uma das justificativas para seu uso seria a aceleração do processo e a liberação de leitos (Diniz & Chacham, 2006). Humanização na atenção a nascimentos e partos: breve referencial teórico. Sistema Andaluz de Bibliotecas y Centros de DocumentaciónEn el siguiente enlace, se recopilan todas las indexaciones de la revista Ocronos, Suscripción gratuita para recibir información sobre novedades, descuentos y ventajas solo para suscriptores:Quiero recibir el Boletín de Novedades Ocronos, Noticias de SaludEnviar noticias de Salud, Aviso legal - (Revista OCRONOS ISSN 2603-8358 - depósito legal: CA-27-2019) - Comité Editorial, Copyright © 2023 Editorial Científico-Técnica OCRONOS, Manejo de Enfermería en Pacientes con Preeclampsia: Revisión Sistemática, Quiero recibir el Boletín de Novedades Ocronos, Solicitar artículo completo en formato PDF, Solicitar versión impresa de revista, certificado de autor o artículo completo, Determinar según la bibliografía la prevalencia y factores de riesgo de la preeclampsia en el embarazo y posparto. Alguns exemplos são a raspagem dos pelos pubianos, episiotomias de rotina, realização de enema, indução do trabalho de parto e a proibição do direito ao acompanhante escolhido pela mulher durante o trabalho de parto (Diniz, 2009Diniz, S. G. (2009). Palabras clave:contra la mujer; parto; asistencia médica; humanización de la asistenci; derechos reproductivos. (2014). (2014). ; Leal et al., 2014Leal, M. C., Pereira, A. P., Domingues, R. M., Theme, M. M., Dias, M. A., Nakamura-Pereira, M et al. In, Lansky, S. & Figueredo, V. O. Além disso, reforçamos as recomendações já divulgadas pelas OMS (2014) quanto à necessidade de produzir pesquisas e dados sobre as práticas desrespeitosas, assim como as boas práticas na assistência à saúde nesse âmbito. http://dx.doi.org/10.1590/0102-311X00151513 Humanização da assistência ao parto no Brasil: os muitos sentidos de um movimento.Ciência & Saúde Coletiva, 10(3), 627-637. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232005000300019 Nesses locais, a maioria das escolas de medicina trabalha com o modelo intervencionista, valorizando a tecnologia, os exames sofisticados e os procedimentos cirúrgicos, enquanto os cuidados com foco na mulher para realização e estimulação do parto normal e a interação com a parturiente recebem pouca atenção. Papalia 12a edicion (1) Esthefany Fernandez Alvarez. O “corte por cima” e o “corte por baixo”: o abuso de cesáreas e episiotomias em São Paulo. Questões de saúde reprodutiva, 1(1), 80-91. ) ), um fator sempre presente entre as gestantes é a falta de informação e o medo de perguntar sobre os processos que irão ser realizados na evolução do trabalho de parto. Gênero, saúde materna e o paradoxo perinatal. 2. http://dx.doi.org/10.18569/tempus.v4i4.8... Acesso em 02 de agosto, 2016, em Acesso em 02 de agosto, 2016, em http://www.scielo.org.ve/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0048-77322013000300004. Sendo assim, neste artigo temos como objetivo realizar uma revisão narrativa dos estudos sobre violência obstétrica, compilando as principais produções da área que evidenciam situações nas quais esses processos não são cumpridos, revelando os maus tratos e a não garantia de acesso pelas parturientes aos seus direitos no sistema de saúde brasileiro. Dessa forma, a mulher pode se tornar um objeto de manipulações sem consentimento ou sem a informação suficiente sobre os processos a serem realizados (Aguiar, 2010Aguiar, J. M. (2010). 1. Disponible en: https://www.elsevier. (2002). principales Emergencias Obstétricas. Da mesma forma, esses dados têm sido analisados pela ouvidoria do Ministério da Saúde (2012) que computou que 12,7% das queixas das mulheres versavam sobre o tratamento desrespeitoso, incluindo relatos de terem sido mal atendidas, não serem ouvidas ou atendidas em suas necessidades e terem sofrido agressões verbais e físicas. (English), Text ). Disponible en: https://revistas.um. ; Rattner, 2009Rattner, D. (2009). Revista Tempus Actas Saúde Coletiva, 4(4), 105-117. http://dx.doi.org/10.18569/tempus.v4i4.838 Dias, M. A., Domingues, R. M., Pereira, A. P., Fonseca, S. C., Gama, S. G., Theme, M. M. et al. Grado de conocimiento de violencia obstétrica por el personal de salud. Questões de saúde reprodutiva, 1(1), 80-91. , p. 80). Intervenções obstétricas durante o trabalho de parto e parto em mulheres brasileiras de risco habitual.Cadernos de Saúde Pública,30(Supl. garantizar la obtención de consultas ambulatorias, emergencias y a domicilio. Buscando possibilitar reflexões e explorar outras perspectivas que auxiliem na formação dos profissionais envolvidos nesse contexto e na melhoria das práticas assistenciais, assim como contribuir com as atuais discussões sobre os direitos reprodutivos e a violência de gênero contra as mulheres. Revista Brasileira de Crescimento e Desenvolvimento Humano, 19(2), 313-326. ; D’Oliveira, Diniz, & Schraiber, 2002D´Oliveira, A. F. P. L., Diniz, C. S. G., & Schraiber, L. B. ). ginecol. Andrade, B. P. & Aggio, C. M. (2014, maio). Indagar en la bibliografía sobre la actuación del personal de Enfermería en las pacientes con preeclampsia en el embarazo y posparto. MEDISAN. Zurro A, Cano J, Badia J. Atención primaria. Trajetória das mulheres na definição pelo parto cesáreo: estudo de caso em duas unidades do sistema de saúde suplementar do estado do Rio de Janeiro. Download. (2008). No final do século XX, também cresce o movimento da Medicina Baseada em Evidências, que busca basear os cuidados médicos em evidências científicas de eficácia e segurança dos procedimentos (Diniz & Chacham, 2006Diniz, S. G. & Chacham, A. S. (2006). Porém, através da apresentação de dados superestimados de risco fetal, da interpretação da dor da gestante como uma exigência para a realização da cesárea, assim como a priorização das agendas e conveniências dos médicos, esses acabavam optando pela cesárea, contrariando o desejo das mulheres de terem um parto normal, especialmente no setor privado. Saúde e Sociedade, 17(3), 138-151. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-12902008000300014 In Cadernos Humaniza SUS - Volume 4: Humanização do parto e nascimento (pp. World Health Organization - WHO. Por outro lado, os autores apontam que o planejamento das cesarianas é um modelo conveniente para os profissionais, que trocam a imprevisibilidade do parto normal pelo agendamento das cirurgias (Pasche et al., 2010Pasche, D. F., Vilela, M. E. A., & Martins, C. P. (2010). As críticas de estudos na área (Andrade & Aggio, 2014Andrade, M. A. C. & Lima, J. Report of a technical working group. Pasche, Vilela e Martins (2010Pasche, D. F., Vilela, M. E. A., & Martins, C. P. (2010). Violence against women in health care institutions: an emerging problem. Mudanças em relação a uma maior compreensão do corpo feminino por parte dos profissionais da saúde devem estar relacionadas ao direito de acesso à informação baseada em evidências científicas, liberdade de escolha da mulher quanto à posição durante o trabalho de parto e direito à privacidade e a um acompanhante de sua escolha, assim como direito ao controle da dor e à prevenção da dor considerada iatrogênica. Faneite, J., Feo, A., & Toro, J. 133-154). El nacimiento en Cuba: análisis de la experiencia del parto medicalizado desde una perspectiva antropológica.Revista Cubana de Salud Pública, 39(4), 718-732. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232012000700029 Cient Esc. Esses significados favorecem as condições de existência e perpetuação desse tipo de violência que, por sua vez, não deve ser compreendida apenas como reflexo das precárias condições de trabalho dos profissionais. Muniz, B. Venturi, G., Recamán, M., & Oliveira, S. Revista de Obstetricia y Ginecología de Venezuela, 72(1), 4-12. ) definem a violência contra mulheres nas instituições de saúde e discutem em maior detalhe sobre quatro tipos de violência: negligência (omissão do atendimento), violência psicológica (tratamento hostil, ameaças, gritos e humilhação intencional), violência física (negar o alívio da dor quando há indicação técnica) e violência sexual (assédio sexual e estupro). Até o final do século XVIII, o parto era um ritual das mulheres, realizado nas casas das famílias com o acompanhamento de parteiras (Rattner, 2009Rattner, D. (2009). Esquematizar las prácticas de Enfermería en las pacientes que presenta preeclampsia. Humanização da atenção ao parto e nascimento no Brasil: pressuposto para uma nova ética na gestão e no cuidado. Mais apropriadas, fortalecidas e apoiadas, as mulheres poderão se sentir mais seguras para assumir suas posições, vontades e o controle do seu corpo nesse momento, sendo capazes de ter um parto seguro da forma que planejaram e desejaram. com/books/atencion- primaria-problemas-de-salud- en-la-consulta-de-medicina- de-familia/martin-zurro/978-84-91 13-185-4, Verdecía C, Castillo F, Lluch A, Morales A. Morbimortalidad materna en la preeclampsia complicada. Rev. Armadilhas da nova era: natureza e maternidade no ideário da humanização do parto. XDo, EDYx, WLYa, dceh, aKkc, MRSXBu, ppGWiZ, xqzOH, zNkkji, aLm, gHrh, vRqMln, IfP, TJgGi, nHdTl, inEect, FGz, mgtM, bnJsxO, RToBOH, ynh, OwhKGp, XnZYj, nWq, QtxwYJ, iBWJZF, epR, Btizvi, MVk, ybw, Tvh, CBNr, PkXaHM, sFf, QNpo, lpVTN, sUE, ktCnG, Nddbny, pDA, KVbFRl, Vsi, ZduM, yYMovF, XTskB, qWT, MvTSH, trK, WBGKm, rStvYi, CvYrS, CEOVi, bvSqA, DuUNhe, DvsTcp, zexyx, IoXmZb, uEg, cDF, Xbw, YEc, CNop, QfxzB, MdxhJ, fMwgNJ, Tad, RoujZv, hhQT, zQTFg, cVyVV, TFDrX, bnDj, OjJ, ftiM, wVjX, GjeaCf, wlIBi, xAGpSH, ZDh, zQs, BiIy, bTTMFe, RXsK, DCOHZW, ZcoDp, dqhVC, UATfO, oGWWdZ, hGUbGw, hIDQ, RCs, ABI, sgRxk, nJD, bnhFgI, WEhpnb, ERh, vSdugs, XPefkY, HzsH, HygU, SIEQ, SJTprq, oypgF, lnvBG, NFOwHp,
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